Amor,
Entrastes em minha vidaQuando os meus dias se esqueciam
Em noites vazias
Em sonhos perdidos
Em tempos ancestrais
Nada, nada se dizia
Das fugas do meu coração
Da sozinha fantasia
Da vida adormecida
No colo da solidão
Então, um beijo na tua mão
Meus olhos postos no chão
Como quem deve ao pecado
Te cativou não sei como
E o amor foi se fazendo
Nos dias e noites
Em que eu morrendo
No teu amor revivendo
A flor da aurora me disse
Que eu era teu namorado
Meu coração correu apressado
Beijou teus olhos risonhos
Em letras trançou teu nome
Em sentimentos se deu
Em mil palavras busquei
O simulacro da poesia
Para que o amor que nascia
Pudesse aquecer a flor
Mesmo nos tempos de inverno
Com o quentinho do amor
Nas tantas vezes que te sonhei
Nas outras vezes que te amei
Teus olhos juraram pra mim
Que onde mora a distância
Que onde mora a saudade
Florescem lindos jardins
Com flores de todas as cores
Rosas, negras, violetas,
Brancas, azuis e carmins
E um dia dissestes assim
“A orquídea tem meus amores
Por entre todas as flores
Me encanta sua beleza
Me enleva sua pureza”
Desde então, meu amor
Quando me pego tristonho
É na orquídea em teus olhos
Que espanto a minha tristeza
Quieto, calado e mudo
Vivendo a poesia
Que eu serenamente
Leio em seu corpo desnudo
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