vai,
e pé ante pé,
deita-te como a manhã
sobre este tempo leve e quente
que tu és
tempo claro,
maduro,
brando como os pássaros
glauco como a grama do jardim
deita-te sobre este tempo assimétrico
gravado e recluso nas folhas das flores
que em folhas secas em tantos tempos se desfazem
e cobrem o chão
ancoradouro dos meus passos
que renascem minuciosos e breves
em rumores
pequenos atos ocultos
que assim se escrevem
na farsa dos caminhos que me levam
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