domingo, 15 de março de 2015
O que é que te sustêm?
O que é que te sustêm naquele momento em que a vida te chama aos berros,
A fé na vida?
A fé no homem?
A fé em si mesmo?
A fé num deus?
A fé nos deuses?
O sonho?
A ilusão?
A utopia?
A apatia?
O arrivismo?
As drogas?
O álcool?
O fumo?
O sexo?
Os vícios?
A reza?
A súplica?
A prédica?
A ladainha?
Os mantras?
O amor?
O ódio?
A afeição?
A ojeriza?
A execração?
A solidão?
O silêncio?
O grito?
O choro?
A possibilidade da morte?
A crença espúria?
A crença cega?
A crença ruminante?
A crença na guerra?
A crença na fera?
A compaixão?
A indiferença?
O altruísmo?
A insensibilidade?
A comiseração?
O passado?
O presente?
O futuro?
O atemporal?
O infinito?
As mão postas
repetindo
eternamente
amém
amém?
e o poema despenha-se no ar ao desmanchar do dia?
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