Caros amigos que durante todo o tempo de existência deste blog têm me estimulado com seu carinho e a sua amizade, com o conforto da sua visita, informo-lhes que não mais postarei meus pseudos "poemas" aqui.
O Luas Antigas completou seu ciclo e a sua razão de ser.
Consumou-se no brasil de seus próprios textos.
A voz que dizia os poemas já não sabe maia falar.
É tempo de ressumação.
Hoje tenho uma nova proposta no conteúdo dos poemas e uma nova percepção do mundo e das pessoas que conflitam com o que fiz até aqui no Luas Antigas.
Agradeço a todos que me visitaram aqui no Luas durante todos estes anos, aos identificados e aos anônimos.
Deixo um agradecimento especial aos seis fiéis seguidores do blog que me sustiveram e fizeram o blog também.
Vocês não têm a dimensão do quanto a presença constante dos seguidores, bem como as visitas de eventuais leitores não identificados, foi estimulante e engrandecedora do ponto de vista da contribuição para a minha tentativa de aprimorar cada vez mais os meus textos.
Graças a todos vocês acho que este blog foi além de ser um lugar de escrivinhação. Aqui deixei emoções e aflições, delírios (talvez), conversas nonsense, por anos seguidos, só escutando o tec-tec do teclado do computador. Aqui deixei um pouco do melhor que consegui extrair de mim.
Aviso aos desatentos navegantes e/ou a quem interessar possa: O blog permanecerá ativo.
Sou um aprendiz da vida que gostaria muito, muito, de ser poeta.
Entre outras coisas acho que me faltam os dentes de leite e uma certa sinceridade nas mãos.
Um grande abraço a todos!
Saideira:
O poeta não sabe o que diz
E fala tanta palavra
E sonha com tantos céus
E fala temente a Deus
E fala quando se cala
E fala sozinho
E fala com a flor da lapela
E fala,
E ri,
Uma boca grande e vermelha
E fala de novo
E fala dirigindo seu calhambeque chinfrim
Fala pelos cotovelos
Fala dormindo
Chora dormindo
Com tanta estrela lhe caindo em cima
O poeta é um apanhador de sonhos
O poeta esqueceu-se de crescer
Ficou do tamanho de um quintal
O poeta quer namorar a lua
E tem uma lágrima prateada igual a sua
O poeta é do tamanho da distância
da porta de casa ao fim da rua
O poeta é este chiste sorrindo
nos lábios da plateia
Deus proteja os poetas e seus enganos