domingo, 19 de abril de 2015

Consumação do "Luas Antigas"


Caros amigos que durante todo o tempo de existência deste blog têm me estimulado com seu carinho e a sua amizade, com o conforto da sua visita, informo-lhes que não mais postarei meus pseudos "poemas" aqui.

O Luas Antigas completou seu ciclo e a sua razão de ser.

Consumou-se no brasil de seus próprios textos.

A voz que dizia os poemas já não sabe maia falar.

É tempo de ressumação.

Hoje tenho uma nova proposta no conteúdo dos poemas e uma nova percepção do mundo e das pessoas que conflitam com o que fiz até aqui no Luas Antigas.

Agradeço a todos que me visitaram aqui no Luas durante todos estes anos, aos identificados e aos  anônimos.

Deixo um agradecimento especial aos seis fiéis seguidores do blog que me sustiveram e fizeram o blog também.

Vocês não têm a dimensão do quanto a presença constante dos seguidores, bem como as visitas de eventuais leitores não identificados, foi estimulante e engrandecedora do ponto de vista da contribuição para a minha tentativa de aprimorar cada vez mais os meus textos.

Graças a todos vocês acho que este blog foi além de ser um lugar de escrivinhação. Aqui deixei emoções e aflições, delírios (talvez), conversas nonsense, por anos seguidos, só escutando o tec-tec do teclado do computador. Aqui deixei um pouco do melhor que consegui extrair de mim.

Aviso aos desatentos navegantes e/ou a quem interessar possa: O blog permanecerá ativo.


Sou um aprendiz da vida que gostaria muito, muito, de ser poeta.

Entre outras coisas acho que me faltam os dentes de leite e uma certa sinceridade nas mãos.



Um grande abraço a todos!


Saideira:


O poeta não sabe o que diz

E fala tanta palavra

E sonha com tantos céus

E fala temente a Deus

E fala quando se cala

E fala sozinho

E fala com a flor da lapela

E fala,

E ri,

Uma boca grande e vermelha

E fala de novo

E fala dirigindo seu calhambeque chinfrim

Fala pelos cotovelos

Fala dormindo

Chora dormindo

Com tanta estrela lhe caindo em cima

O poeta é um apanhador de sonhos

O poeta esqueceu-se de crescer

Ficou do tamanho de um quintal

O poeta quer namorar a lua
 
E tem uma lágrima prateada igual a sua

O poeta é do tamanho da distância

da porta de casa ao fim da rua

O poeta é este chiste sorrindo

nos lábios da plateia
 

Deus proteja os poetas e seus enganos

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