sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
E assim vamos vivendo I
E assim vamos vivendo
a repercutir velhas histórias
conspirar novos espantos
conhecer o mundo sem tocá-lo
sentar-se à beira do abismo
calcular a queda de antemão
e ir se acostumando e se aferrando
a pensar antes que nos pensem
Deslindando o enigma,
refazendo e desdizendo o discurso,
esperando a incognoscível espera,
arrostando o destino,
tudo é o mesmo passo palmilhando
e escorregando nas terras depois das chuvas
Mares adormecidos dentro do azul
de transparências quebradas
Esquivos tempos
demasiadamente dispersos
Vida caminhando estradas,
bebendo a poeira esquecida
sob labaredas de sóis
E assim vamos vivendo
Sob os mistérios
e o nada
que põe a cegueira em nosso olhos
e o sonho
que consola a saudade
e a lágrima de se ter nascido
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