Que o brilho dos teus olhos seja o mais belo enfeite na tua árvore de natal
Que o amor incondicional reconcilie seu coração
Que não precises de ouro para seres feliz
Mesmo que as tuas palavras possam vir a ser pecado
Que os teus gestos sejam sempre a remissão
Abre as janelas
Deixa-te embriagar pela ternura do terral
Na algazarra das crianças já é natal
Nos jardins a vida já está madura
A chuva molha as florezinhas de papel
Crianças estendem as mãos, pedem nas ruas
Algo além da fantasia de um Noel
Nas ruas onde as crianças pedem não cai neve
A vida é premente e o tempo do semáforo é curto e breve
E papai Noel não consegue chegar com seu trenó
Para elidir tanto vazio e tanta solidão de ser tão só
*As rimas ficaram pobres, forçadas, sem ritmo. Me perdoem. Não consegui fazer coisa melhor. Se bem que o mais o gostoso é a brincadeira, é o fazer ou tentar fazer. As rimas ficaram tão pobres quanto os (Eu ia dizer tão pobres quanto os meninos de rua. Mas, não posso dizer isto. Os meninos são mais pobres. Bem mais pobres. Nada têm. A rima por mais pobre que seja ainda tem a poesia e a mim a cutuca-las. E isto já é muito.
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Ouvem?
São fragmentos de canções que o vento traz
São anjos a cantar de pés descalços, trajes puídos
A nos lembrar que o natal é todo dia (ou deveria ser)
Todo dia há fome e miséria
Todo dia há guerras e arrivismo
Todo dia há um sorriso a ser dado
Todo dia há um abraço a abraçar
Todo dia há um perdão a perdoar
Todo dia (todo instante?) há um poema a poemar
Todo dia o dia faz poesia, entrega pra noite e se vai
Todo dia
Todo dia
Todo dia a vida cabe num poema
Todo dia a vida é um poema,
Como a manhã que nos chama, todo dia
Seja o céu azul ou um borrão
Levantamos, e com a nossa melhor voz,
o nosso gesto melhor, a alma ardendo,
danamo-nos a declamar
a nossa melhor poesia
Feliz natal, Feliz natal!
FELIZ NATAL A TODOS!!!
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