Meus olhos se aconchegam ao sonho
demorando a aprender o teu segredo,
na rosa que perfuma os teus caminhos
nas rútilas estrelas bordadas de prata
na seiva amara e nívea do teu pranto
ficaram a noite e a lua como encanto
Estranhos versos estes versos calados
feitos de saudades, de ontens ecoando
que de noite se alimentam dos medos
e de cheiros e de toques e da tua voz
quando choras e as lágrimas escorrem
pelo rosto pelo labirinto dos teus lábios
Quando meu medo enlaça meu segredo
me afogo em todos os cinco sentidos
e fico sozinho sonhando teus olhos no
castanho esverdeado do poema que tu
és sustentado por esta ausência que só
os momentos inocentes, entre a gente,
nas noites vem me ninar...
Hei!!!
você tá aí?
Por favor, olha pra mim!
me ouve!
Não devia te contar...
Eu tenho medo de amar.
Imagem: Barbara Burnside
Nenhum comentário:
Postar um comentário