terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Longe, longe, longe...


palavras...
as palavras de repente doem
carrego-as por que é noite
longe, longe, longe...
é noite
carrego-as por que o pranto é insuficiente
e as horas caminham acordadas
sem descanso
lentamente
e o tempo vem sangrar a minha alma

já não escuto teu nome quando olho para o silêncio e para a lua
já não me alcança o punhal pungente das tuas palavras
longe, longe, longe...
ainda é noite
já não carrego o engano das palavras
e a voz cega que os teus lábios diziam aos meus

longe, longe, longe..
no horizonte onde a tarde morreu sob o frêmito da luz
amadurece o pulsar circular do tempo
para nascer um outro dia
sem você

Nenhum comentário:

Postar um comentário