domingo, 28 de novembro de 2010

Soneto do amor perene

Tu, amor, és a flor que guardo na lembrança
Guardo de ti o olhar enternecido de criança
Guardo em meus lábios o gosto dos teus beijos
Guardo nossas tardes sôfregas de desejos

O nosso amor que nasceu como nasce a poesia
Que em tantas letras fez de nós nosso sonhar
Perseguindo estrelas, rabiscando saudade na alegria
Despindo as noites vãs onde escondia-se o luar

Foi amor intenso recriando infinitas madrugadas
Onde os meus sonhos peregrinos eram todos para ti
Nas noites longas, úmidas das lágrimas derramadas

Hoje em minha Alma algo de triste se esquece e sorri
Nos meus braços silenciosos dorme um tépido sentir,
Este amor perene e a angústia inescrutável de existir

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