sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cultivar estrelas

Amor, viestes sossegando os meus cansaços
Entreguei-te a vida junto com meus sonhos

Tu tens o meu amor e é só a ti que amo
Em todos estes dias tristes ou risonhos

Te amar me trouxe um céu enternecido
Onde, enlevado, eu posso cultivar estrelas
Sorrir o meu riso, derramar meu pranto
Secas minhas lágrimas sem sequer sabê-las

E te amar é esta angústia de não saber ti
Vendo os ponteiros irem arrastando horas
Ver o tempo passando de mim esquecido
Quando tu mal chegas, tu já vais embora

Mas esta espera se transforma em versos
Tenho na poesia uma amiga falaz e ladina
Engole com sua verve o mundo das horas
Desvelando sonhos à luz d’uma lamparina

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